Em uma sociedade tão marcada por mudanças e movimentos sociais, o termo “empoderamento” é o conceito da vez. Apesar de ainda desconhecido por muita gente, o assunto está em alta e ganhando cada vez mais visibilidade nas redes sociais e veículos informativos.
Esse fato é prova de uma evolução: se antes as mulheres tinham pouco espaço e liberdade para demonstrar seu valor, elas agora já sabem que têm o poder e direito de atuar até mesmo em áreas dominadas pelos homens. Esse reconhecimento é fruto de muita luta por parte da população feminina.
Neste post, você vai entender melhor o que é o empoderamento feminino e como ele pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida. Vamos lá?
O que é o empoderamento feminino?
“Empoderar”, como você já sabe, é sinônimo de “dar poder”, ou fornecer reconhecimento. Logo, o ato de empoderar uma mulher significa fortalecê-la, torná-la ciente de seu próprio valor e incentivar a igualdade de gênero, principalmente nos setores da sociedade onde as mulheres possuem pouca liberdade.
Ao contrário do que muitas pessoas equivocadas imaginam, o empoderamento não procura providenciar benefícios exclusivos para as pessoas do sexo feminino, mas sim criar condições que possam reparar as injustiças históricas que prejudicaram (e ainda prejudicam) esse gênero.
Por que o empoderamento feminino é tão importante?
Embora seja popular, o termo “empoderamento feminino” ainda é visto com bastante desconfiança e hostilidade por muitos. Afinal, se a mulher já pode votar, trabalhar, se divorciar e possui (em teoria) todos os direitos dos homens, inclusive com alguns “privilégios” como poder se aposentar mais cedo, ser dispensada do serviço militar e ter uma delegacia especializada, qual é o propósito do empoderamento?
Esse equívoco é muito comum quando nos esquecemos dos motivos para esses “privilégios” existirem. A mulher pode se aposentar com menos idade do que o homem porque trabalha mais, devido ao maior tempo gasto com as tarefas domésticas não remuneradas.
A delegacia especializada existe para justificar uma triste realidade: os números que apontam os casos de violência contra a mulher no Brasil são estarrecedores. Quanto ao alistamento, vale a pena pensar por que nossa Constituição encara o serviço militar como uma tarefa exclusivamente masculina.
As mulheres podem se alistar como voluntárias desde 1996, mas ainda assim não são qualificadas para combate. Isso não contraria o conceito de que a mulher tem capacidade para definir seu próprio destino e atuar na área em que desejar? Afinal, não existe nenhuma ocupação no Brasil que o homem não possa exercer.
Agora que você percebe a injustiça nessas três situações, fica fácil reconhecer que o tratamento igualitário entre gêneros ainda não é uma realidade. O principal propósito do empoderamento é a eliminação dessas desigualdades por meio da participação social feminina e reconhecimento de seus direitos individuais e coletivos.
Quais são as principais consequências do empoderamento?
Existem vários motivos que explicam por que o empoderamento feminino deve ser uma prioridade. Afinal, esse tema não está em pauta apenas para ajudar a perceber que as mulheres têm sentimentos e papéis relevantes na sociedade, mas também para tornar o mundo mais justo e benéfico até mesmo para os homens.
Algumas possíveis consequências que essa tendência é capaz de proporcionar são:
1. Mais mulheres em posição de liderança
A representatividade feminina atual, tanto na política quanto em cargos de chefia, é preocupante, seja pela falta de oportunidades, seja pela discriminação da mulher que possui uma postura de líder. Desestimular a perpetuação dessa realidade é reconhecer a importância do empoderamento feminino para o desenvolvimento econômico.
2. Igualdade salarial
Além de ocupar poucas posições de destaque na vida profissional, o salário delas é ainda 30% menor, ainda que desempenhem as mesmas funções que os homens. Imagine como seria um mercado de trabalho sem discriminações? Provavelmente, a sociedade seria mais justa e fácil de conviver, certo?
3. Melhor representatividade pela mídia
A valorização e respeito da imagem feminina dificilmente será alcançada sem o fim das campanhas que retratam as mulheres em leituras estereotipadas, hipersexualizadas e submissas (quem não se lembra do velho padrão dos comerciais de cerveja?).
4. Melhoras econômicas
De acordo com uma pesquisa da consultoria McKinsey, a real igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho renderia cerca de US$ 850 bilhões para a economia brasileira nos próximos dez anos. Um alívio para um país que fechou 2016 com um deficit fiscal de R$ 30,5 bilhões, não é mesmo?
5. Mais espaço para a inovação científica
Marie Curie, Ada Lovelace, Jane Goodall… apesar do sexismo, as mulheres sempre inovaram e se destacaram nos campos da ciência e tecnologia há centenas de anos. Mais empoderamento significa mais mulheres na ciência, o que implica no desenvolvimento de mais invenções capazes de compreender o mundo e salvar vidas.
6. Fortalecimento da autoconfiança feminina
O que ajuda na ascensão do empoderamento e da autoestima é uma palavra só: conscientização. É esse tipo de conhecimento que inspira a mulher a conhecer sua própria força e ser quem ela é de verdade, sem medos ou receios com as opiniões alheias. Quando adquire essa consciência e confiança, a mulher se torna implacável, e nada pode impedi-la de alcançar seus objetivos.
7. Ausência de padrões inalcançáveis de beleza
Tanto homens quanto mulheres são influenciados por corpos e aparências perfeitas por meio da publicidade e da mídia, com a imposição de um padrão de beleza, que, muitas vezes, faz com que essas pessoas não se sintam bem do modo que naturalmente são.
A representatividade (ou seja, a diversidade na representação de tipos físicos, traços e raças) se relaciona muito com o empoderamento feminino, na medida em que promove a autoaceitação e ajuda a mulher a reconhecer a própria beleza em sua simplicidade, sem a influência das opiniões alheias.
Como você pode perceber, o empoderamento feminino não é essencial apenas para providenciar transformações individuais, mas também para promover o avanço da nossa nação como um todo, por meio da igualdade de direitos e oportunidades.
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